sábado, 16 de julho de 2011

A dona do meu reinado


 
Abri as portas da minha vida
E a ela permiti que nela se adentrasse

Estabeleceu um trono na minh’alma
De regras imperiosas, na mudez, ditadas

Ame-me – disse ela
E não se importe se não for amado

Fez-me recluso de mim mesmo
E circundou-me de fronteiras,
Fronteiras a si, de um lado,
Fronteiras a si, do outro também

Sou um súdito que ama, e talvez não seja amado,
Um rainha coroada para todo o seu reinado.

sábado, 9 de julho de 2011

Um, dois, três amores

Três amores
tive na vida
três dores,
profunda ferida.

O primeiro,
falso e interesseiro,
nasceu tão morto
quanto engano,
para quem não vi,
vivo,
ser tão querida.

O segundo,
sincero e verdadeiro,
fiz partir sorrateiro
levando meu sangue
a me sangrar saudade.

O terceiro,
algoz e traiçoeiro,
fez de mim o derradeiro,
o homem primeiro,
a viver sem querer a vida.